terça-feira, 11 de novembro de 2008

Fibra óptica

É um filamento de vidro ou de materiais poliméricos com capacidade de transmitir luz. Tal filamento pode apresentar diâmetros variáveis, dependendo da aplicação, indo desde diâmetros ínfimos, da ordem de micrómetros (mais finos que um fio de cabelo) até vários milímetros.

A fibra óptica foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany. Há vários métodos de fabricação de fibra óptica, sendo os métodos MCVD, VAD e OVD os mais conhecidos.

Funcionamento:

A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único: é lançado um feixe de luz numa extremidade da fibra e, pelas características ópticas do meio (fibra), esse feixe percorre a fibra através de reflexões sucessivas.

A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo e o revestimento. No núcleo, ocorre a transmissão da luz propriamente dita. A transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a uma diferença de índice de refracção entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo possui sempre um índice de refracção mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do feixe de luz, possibilita o fenómeno da reflexão total.

A s fibras ópticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas electromagnéticas (como a luz) uma vez que são transparentes e podem ser agrupadas em cabos. Estas fibras são feitas de plástico ou de vidro. O vidro é mais utilizado porque absorve menos as ondas electromagnéticas. As ondas electromagnéticas mais utilizadas são as correspondentes à gama da luz infravermelha.

A fibra óptica não é susceptível a interferências electromagnéticas, uma vez que não transmite pulsos eléctricos, como acontece com outros meios de transmissão.

O meio de transmissão por fibra óptica é chamado de "guiado", porque as ondas electromagnéticas são "guiadas" na fibra, embora o meio transmita ondas omnidireccionais, contrariamente à transmissão "sem-fio", cujo meio é chamado de "não guiado". Mesmo confinada a um meio físico, a luz transmitida pela fibra óptica proporciona taxas de transmissão elevadíssimas, com baixa taxa de atenuação por quilómetro. Mas a velocidade de transmissão total possível ainda não foi alcançada pelas tecnologias existentes.

Os cabos de fibra óptica atravessam oceanos. Nos anos 80, ficou disponível o primeiro cabo de fibra óptica desse tipo, instalado em 1988, e tinha capacidade para 40.000 conversas telefónicas simultâneas, usando tecnologia digital. Desde então, a capacidade dos cabos aumentou. Actualmente, alguns cabos que atravessam o oceano Atlântico têm capacidade para 200 milhões de circuitos telefónicos.

Para transmitir dados pela fibra óptica, é necessário um equipamento especial chamado infoduto, que contém um componente foto emissor, que pode ser um diodo emissor de luz (LED) ou um diodo laser. O foto emissor converte sinais eléctricos em pulsos de luz que representam os valores digitais binários (0 e 1).

Em Virtude das suas características, as fibras ópticas apresentam bastantes vantagens sobre os sistemas eléctricos:

  • Dimensões Reduzidas

  • Capacidade para transportar grandes quantidades de informação (Dezenas de milhares de conversações num par de Fibra);

  • Atenuação muito baixa, que permite grandes espaçamentos entre repetidores, com distância entre repetidores superiores a algumas centenas de quilómetros.

  • Imunidade às interferências electromagnéticas;

  • Matéria-prima muito abundante;

  • Custo Cada vez mais baixo;

Estrutura da Fibra Óptica

As fibras ópticas são constituídas basicamente de materiais dieléctricos (isolantes) que, como já dissemos, permitem total imunidade a interferências electromagnéticas;

A fibra óptica é composta por um núcleo envolto por uma casca, ambos de vidro sólido com altos índices de pureza, porém com índices de refracção diferentes. O índice de refracção do núcleo (n1) é sempre maior que o índice de refracção da casca (n2). Se o ângulo de incidência da luz numa das extremidades da fibra for menor que um dado ângulo, chamado de ângulo crítico ocorrerá à reflexão total da luz no interior da fibra.

Estrutura:

  • Núcleo: O núcleo é um filamento de vidro ou plástico fino, por onde passa a luz. Quanto maior o diâmetro do núcleo, mais luz ele pode conduzir.

  • Casca: Camada que reveste o núcleo. Por possuir índice de refracção menor que o núcleo, impede que a luz seja refractada, permitindo assim que a luz chegue ao dispositivo receptor.

  • Capa: Camada de plástico que envolve o núcleo e a casca, protegendo-os contra choques mecânicos e excesso de curvatura.

  • Fibras de resistência mecânica: São fibras que ajudam a proteger o núcleo contra impactos e tensões excessivas durante a instalação. Geralmente são feitas de Kevlar.

  • Revestimento externo: É uma capa que recobre o cabo de fibra óptica.

Tipos de Fibra Óptica

Fibras Multimodo (MMF Multimode Fiber)

Foram as primeiras a serem comercializadas. Porque possuem o diâmetro do núcleo maior do que as fibras monomodais, de modo que a luz tenha vários modos de propagação, ou seja, a luz percorre o interior da fibra óptica por diversos caminhos. Os conectores e transmissores ópticos utilizados neste tipo de fibras são os mais baratos.

Multimodo de Índice Degrau

Possuem um núcleo composto por um material homogéneo de índice de refracção constante e sempre superior ao da casca. As fibras de índice degrau possuem mais simplicidade na sua fabricação e, por isso, possuem características inferiores aos outros tipos de fibras a banda passante é muito estreita, o que restringe a capacidade de transmissão da fibra. As perdas sofridas pelo sinal transmitido são bastante altas quando comparadas com as fibras monomodo, o que restringe suas aplicações com relação à distância e à capacidade de transmissão.

M ultimodo de Índice Gradual

Possuem um núcleo composto com índices de refracção variáveis. Esta variação permite a redução do alargamento do impulso luminoso. São fibras mais utilizadas que as de índice degrau. Os raios de luz percorrem caminhos diferentes, com velocidades diferentes, e chegam à outra extremidade da fibra praticamente ao mesmo tempo, aumentando a banda passante e, consequentemente, a capacidade de transmissão da fibra óptica.

São fibras com tecnologia de fabricação mais complexa e que possuem como características principais uma menor atenuação 1dBm/km e maior capacidade de transmissão de dados (largura de Banda de 1Ghz).

Fibras Monomodo (SMF Single Mode Fiber)

As fibras monomodo são adequadas para aplicações que envolvam grandes distâncias, embora requeiram conectores de maior precisão e dispositivos de alto custo. Nas fibras monomodais, a luz possui apenas um modo de propagação, ou seja, a luz percorre interior do núcleo por apenas um caminho. As dimensões do núcleo variam entre 8 ηm a 10 ηm, e a casca em torno de 125 ηm. As fibras monomodais também se diferenciam pela variação do índice de refracção do núcleo em relação à casca; classificam-se em Índice Degrau Standard, Dispersão Deslocada (Dispersion Shifted) ou Non-Zero Dispersion.

As características destas fibras são muito superiores às multimodos, banda passante mais larga, o que aumenta a capacidade de transmissão. Apresenta perdas mais baixas, aumentando, com isto, a distância entre as transmissões sem o uso de repetidores de sinal. Os enlaces com fibras monomodo, geralmente, ultrapassam 50 km entre os repetidores.

Normas para Cablagem em Fibra Óptica

ANSI/EIA/TIA TSB72 – Guia para gestão centralizada de dispositivos de fibra óptica.

Especifica um conjunto de directrizes para administrar sistemas de fibra óptica no ambiente da sala de equipamentos utilizando sistema de racks e armários de telecomunicações.

ANSI/EIA/TIA 526-14 – Especificações técnicas para medidas ópticas multimodo.

Este documento especifica procedimentos usados para medir um link de fibra óptica multimodo, incluindo terminações, componentes passivos, fontes de luz, calibração e interpretação de resultados.

ANSI/EIA/TIA 526-7 – Especificações técnicas para medidas ópticas monomodo.

Tem a mesma função do documento anterior, só que para fibras monomodo.

ANSI/EIA/TIA 568 – Componentes para Cabeamento de fibra óptica.

Esta norma especifica os requisitos mínimos para componentes de fibra óptica, tais como cabos, conectores, hardware de conexão, patch cords e equipamento de teste de campo.

Topologias de redes de Fibra Óptica

Analisando as topologias dos provedores de telecomunicações observarmos quatro arquitecturas:

  • Conexões ponto-por-ponto ópticas;

  • Anéis SDH/SONET;

  • Redes ATM;

  • Redes IP.

Conexões ponto-por-ponto: essas conexões feitas através de fibras ópticas dedicadas, conhecidas como "dark fiber", utilizam a tecnologia DWDM de múltiplos canais ópticos – lambdas – cada um usando uma cor de laser diferente através de uma fibra simples. Esses canais ópticos, 160 por fibra, podem transportar diferentes fluxos de bits.

Anéis SDH/SONET: os provedores de telecomunicações organizam as suas redes através de anéis SDH (ou SONET pelo padrão americano).

Os anéis SDH são formados por canais ópticos ponto-por-ponto – lambdas – conectados através de conectores de passagem digitais (DCE – digital cross-connects) ou por multiplexadores add/drop (ADM – add/drop multiplexor). Estes anéis que podem ser formados por duas ou quatro fibras e utilizam o conceito de uma fibra em operação e outra em espera. Quando o circuito principal apresenta uma falha, o outro entra em operação. O resultado é um circuito de alta capacidade de transmissão que varia entre 155 Mbps (OC-3) a 10Gbps (OC-192).

Redes ATM: As redes SDH/SONET oferecem conexões de alta capacidade e banda de transmissão fixa através da rede. Porém, os clientes desejam serviços de rede fim-a-fim, na maioria das vezes com taxas de transmissão menores que as oferecidas pelas redes SDH/SONET. Desta forma, os provedores de telecomunicações devem multiplexar a transmissão em diferentes canais para voz, dados e vídeo. Para fazer isso os provedores utilizam switches ATM (Assynchronous Transfer Mode) que criam vários circuitos virtuais (VC) na rede. Em caso de falha de um circuito, a rede ATM pode reenviar o tráfego por outra conexão SDH/SONET.

Redes IP: Como os clientes adoptaram o padrão IP para as aplicações, os provedores de telecomunicações adicionaram às suas redes serviços de transporte IP. Os routers são conectados aos switches ATM usando os canais virtuais (VC). As informações entre os routers são trocadas através do protocolo OSPF ou IS-IS.

Arquitecturas de redes de Fibra Óptica

Solução FTTx é um termo genérico para designar arquitecturas de redes de transmissão de alto desempenho, baseadas em tecnologia óptica. São redes totalmente passivas também designadas por PON (Passive Optical Network). De maneira geral, a partir da Central - CO/Central Office, o sinal é transmitido por uma rede óptica onde, numa região mais próxima dos assinantes, este é dividido e posteriormente encaminhado às respectivas (ONTs - Optical Network Terminal) localizadas nos respectivos assinantes.

Uma rede de transmissão baseada em arquitectura PON é composta pelos seguintes segmentos:

  • Central de Equipamentos/Headend: local onde ficam instalados os equipamentos ópticos de transmissão (OLTs) e o Distribuidor Geral Óptico (DGO) responsável pela interface entre os equipamentos de transmissão e os cabos ópticos de transmissão.

  • Rede Óptica Troncal/Feeder: composto basicamente por cabos ópticos que levam o sinal da central aos pontos de distribuição. Estes cabos ópticos podem ser subterrâneos ou de aéreos. Para aplicação PON as fibras são do tipo monomodo.

  • Pontos de Distribuição de Fibras: De maneira a optimizar o aproveitamento das fibras ópticas, as redes PON apresentam-se, geralmente, em topologia Estrela. Nesta configuração, os pontos de distribuição fazem a divisão do sinal óptico em áreas mais distantes da central, reduzindo o número de fibras ópticas para atendimento a estes acessos. Neste ponto de distribuição são realizados a divisão, distribuição e gestão do sinal óptico associados a esta área.

  • Rede Óptica Distribuição: formada por cabos ópticos, levam o sinal dos pontos de distribuição às áreas específicas de atendimento. Estes cabos geralmente são do tipo auto-sustentado com núcleo seco para facilidade de instalação. Associados a estes cabos, são utilizados caixas de emenda para derivação das fibras para uma melhor distribuição do sinal. Caixas de emenda também denominadas NAP/Network Access Point, são devidamente colocadas para a distribuição do sinal realizando a transição da rede óptica feeder à rede terminal denominado de rede drop.

  • Rede Óptica Drop: composto por cabos ópticos auto-sustentados de baixa formação de número de fibra. A partir da caixa de emenda terminal (NAP), levam o sinal óptico até ao assinante propriamente dito. O elemento de sustentação geralmente é utilizado para realizar a ancoragem do cabo à casa/prédio do assinante. Podem terminar em pequenos DIOs (Distribuidor Interno Óptico - para transição do cabo para cordão óptico) ou em pequenos bloqueios ópticos (FOB - para transição do cabo para extensão óptica) no interior da casa/prédio. Devido às grandes restrições de espaço, geralmente são utilizadas fibras ópticas de características especiais para se evitar perda de sinal por curvaturas acentuadas (fibra óptica tipo bend insensitive - All Wave Flex®).

  • Rede Interna: a partir do bloqueio óptico (FOB) ou distribuidor interno óptico (DIO), são utilizadas extensões ópticas ou cordões ópticos para realizar a transição do sinal óptico da fibra ao receptor interno do assinante.

Os principais modelos de arquitecturas actualmente aplicadas definem onde o terminal óptico de recepção é implementado. São os seguintes:

  • FTTB (Fiber To The Building) - edifícios de grande dimensão

  • FTTA (Fiber To The Apartment) - até ao subscritor individual

  • FTTH (Fiber To The Home) - até ao subscritor individual

  • FTTO (Fiber To The Office) – a grandes clients

  • FTTZ (Fiber To The Zone) – a grupos de utilizadores institucionais

  • FTTC (Fiber To The Curb) - unidades remotas.

FTTB (Fiber To The Building)

É uma arquitectura de rede de transmissão óptica, onde a rede drop finaliza na entrada de um edifício (Comercial ou Residencial). A partir deste ponto terminal, o acesso interno aos utilizadores é realizado geralmente através de uma rede metálica de cablagem estruturada.

FTTA (Fiber To The Apartment)

É uma arquitectura de rede de transmissão óptica, onde a rede drop entra no edifício (Comercial ou Residencial) chegando a uma sala de equipamentos. A partir desta sala, o sinal óptico pode sofrer uma divisão do sinal através do uso de splitters ópticos, sendo posteriormente encaminhado individualmente a cada apartamento/escritório..

FTTH (Fiber To The Home)

É uma arquitectura de rede de transmissão óptica, onde a rede drop entra na residência do assinante que é servido por uma fibra óptica exclusiva para este acesso. Geralmente entre a rede drop de descida e a rede interna do assinante, é utilizado um mini-Dio ou um bloqueio óptico (FOB) para realizar a transição do sinal óptico para o interior da residência. Após esta transição, o sinal é disponibilizado através de uma extensão ou cordão óptico para o receptor óptico do assinante.

FTTO (Fiber To The Office)

Esta arquitectura refere-se à instalação de fibra óptica a partir do escritório central para uma empresa específica com escritório num prédio, ou um negócio, casa ou apartamento.

FTTZ (Fiber To The Zone)

Nesta arquitectura, o sinal óptico é levado da central até a uma área de concentração de utilizadores, que são constituídos por uma ou mais secções de serviço convencionais;

FTTC (Fiber To The Curb)

Esta arquitectura é constituída por unidades remotas que atenderão poucos utilizadores a uma distância de dezenas de metros;

FDDI

O padrão FDDI (Fiber Distributed Data Interface) foi estabelecido pelo ANSI (American National Standards Institute) em 1987. Este padrão abrange o nível físico e de ligação de dados (as primeiras duas camadas do modelo OSI).

A expansão de redes de âmbito mais alargado, designadamente redes do tipo MAN (Metropolitan Area Network), são algumas das possibilidades do FDDI, tal como o facto de poder servir de base à interligação de redes locais, como nas redes de campus universitários, por exemplo.

A s redes FDDI adoptam uma tecnologia de transmissão idêntica à das redes Token Ring mas, utilizando cabos de fibra óptica, o que lhes concede capacidades de transmissão muito elevadas (em escala de Gigabits por segundo) e a oportunidade de se alargarem a distâncias de até 200 Km, conectando até 1000 estações de trabalho. Estas particularidades tornam este padrão bastante indicado para a interligação de redes através de um backbone – nesse caso, o backbone deste tipo de redes é justamente o cabo de fibra óptica duplo, com configuração em anel FDDI, ao qual se ligam as sub-redes. O FDDI utiliza uma arquitectura em anel duplo.

FOIRL

FOIRL (Fiber Optic Inter-Repeater Link) é um método de conexão de repetidores em redes Ethernet baseadas em fibra óptica. Definido pelo padrão IEEE 802.3c.

A norma FOIRL foi publicada em 1989 pelo IEEE, com o objectivo de permitir a ligação de segmentos Ethernet remotos até a uma distância de 1000m. A especificação original permitia apenas a ligação de dois repetidores no entanto, os fabricantes modificaram o sistema para permitir ligar mais segmentos, bem como estações de trabalho. Essas mudanças foram incorporadas na norma 10BASE-F, que veio para substituir o FOIRL.

Webgrafia

http://cavalcante.us/Concursos/Analista_de_Sistemas/Material_Peter/Multiplus/apostilas/redes_fisicas_cabeamento/redes_locais_v1.0.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/FDDI

http://paginas.ulusofona.pt/p1662/ComunicacaoDados/rcd_cap_4_2.pdf

http://www.javvin.com/telecomglossary/FTTO.html

http://www.furukawa.com.br/portal/page?_pageid=393,1365734&_dad=portal&_schema=PORTAL

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_%C3%B3ptica

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Wireless

SSID O SSID (Service Set Identifier), é uma chave secreta, que é fixada pelo administrador da rede. Tem que se saber o SSID para nos juntarmos a uma rede 802,11. No entanto, o SSID pode ser descoberto pela rede sniffing. Por defeito, o SSID é parte do pacote de cabeçalho para todos os pacotes enviados através da WLAN. O facto de que o SSID é uma chave secreta, em vez de uma chave pública, cria um problema fundamental de gestão para o administrador da rede. Todo o utilizador da rede deve configurar o SSID no seu sistema. Se o administrador da rede pretende bloquear um utilizador, tem que alterar o SSID da rede, o que exigirá a reconfiguração do SSID em cada nó da rede. Alguns 802,11 NICs permitem-lhe configurar vários SSIDs no espaço de uma hora. A maioria dos vendedores 802,11 de APs ou ponto de acesso, permitem o uso de um SSID de "qualquer" para permitir uma NIC 802,11 para 802,11 conectar a qualquer rede. Esta é conhecida por trabalhar com equipamentos sem fios a partir de Buffalo Technologies, Cisco, D-Link, Enterasys, Intermec, Lucent, e Proxim. Outro defeito SSID's incluem "tsunami", "101", "Rede Padrão RoamAbout Nome", "Default SSID", e "Compaq". Muitos pontos de acesso sem fio (WAP) têm acrescentado uma opção de configuração que permite que se desligue o SSID da radiodifusão. Isso adiciona pouca segurança, porque ele só é capaz de impedir que o SSID seja difundido com Probe Request e Beacon frames. O SSID deve ser difundido com Probe Response frames. Além disso, os cartões de acesso sem fio irão transmitir o SSID para a sua Associação e Reassociation frames. Devido a isto, o SSID não pode ser considerado um instrumento válido de segurança. O SSID também é referido como o ESSID (Extended Service Set Identifier). Alguns fornecedores referem-se ao SSID como o "nome de rede." Padrões wireless Padrão Região/País----------------Frequência-------------Potência 802.11b & g América do Norte---2,4 - 2,4835 GHz------------1000 mW 802.11b & g Europa-------------2,4 - 2,4835 GHz------------100 mW 802.11b & g Japão--------------2,4 - 2,497 GHz-------------10 mW 802.11b & g Espanha------------2,4 - 2,4875 GHz------------100 mW 802.11b & g França-------------2,4 - 2,4835 GHz------------100 mW 802.11a América do Norte-------5,15 - 5,25 GHz-------------40 mW 802.11a América do Norte-------5,25 - 5,35 GHz-------------200 mW 802.11a América do Norte-------5,47 - 5,725 GHz------------não aprovado 802.11a América do Norte-------5,725 - 5,825 GHz-----------800 mW 802.11a- Chega a alcançar velocidades de 54 Mbps dentro dos padrões da IEEE e de 72 a 108 Mbps por fabricantes não padronizados. Esta rede opera na frequência de 5 GHz e inicialmente suporta 64 utilizadores por Ponto de Acesso (PA). As suas principais vantagens são a velocidade, a gratuidade da frequência que é usada e a ausência de interferências. A maior desvantagem é a incompatibilidade com os padrões no que diz respeito a Access Points 802.11 b e g, quanto a clientes, o padrão 802.11a é compatível tanto com 802.11b e 802.11g na maioria dos casos, tendo-se tornando padrão na fabricação dos equipamentos. 802.11b- Alcança uma velocidade de 11 Mbps padronizada pelo IEEE e uma velocidade de 22 Mbps, oferecida por alguns fabricantes não padronizados. Opera na frequência de 2.4 GHz. Inicialmente, suporta 32 utilizadores por ponto de acesso. Um ponto negativo neste padrão é a alta interferência tanto na transmissão como na recepção de sinais, porque funcionam a 2,4 GHz equivalentes aos telefones móveis, fornos microondas e dispositivos Bluetooth. O aspecto positivo é o baixo preço dos seus dispositivos, a largura de banda gratuita bem como a disponibilidade gratuita em todo mundo. O 802.11b é amplamente utilizado por provedores de internet sem fio. 802.11d- Possibilita ao hardware de 802.11 operar em vários países onde não poderia operar hoje por problemas de compatibilidade, por exemplo, o IEEE 802.11a não opera na Europa... 802.11e- Agrega qualidade de serviço (QoS) às redes IEEE 802.11. Neste mesmo ano foram lançados comercialmente os primeiros pontos de acesso trazendo pré-implementações da especificação IEEE 802.11e. Em suma, permite a transmissão de diferentes classes de tráfego, além de trazer o recurso de Transmission Oportunity (TXOP), que permite a transmissão em rajadas, optimizando a utilização da rede. 802.11f- Recomenda prática de equipamentos de WLAN para os fabricantes de tal forma que os Access Points (APs) possam inter-operar. Define o protocolo IAPP (Inter-Access-Point Protocol). 802.11g- Baseia-se na compatibilidade com os dispositivos 802.11b e oferece uma velocidade de 54 Mbps. Funciona dentro da frequência de 2,4 GHz. Tem os mesmos inconvenientes do padrão 802.11b (incompatibilidades com dispositivos de diferentes fabricantes). As vantagens também são as velocidades. Usa autenticação WEP estática, aceitando outros tipos de autenticação como WPA (Wireless Protect Access) com criptografia dinâmica (método de criptografia TKIP e AES). Torna-se por vezes difícil de configurar como Home Gateway devido à sua frequência de rádio e outros sinais que podem interferir na transmissão da rede sem fio. 802.11h- Versão do protocolo 802.11a (Wi-Fi) que vai ao encontro com algumas regulamentações para a utilização de banda de 5 GHz na Europa. O padrão 11h conta com dois mecanismos que optimizam a transmissão via rádio: a tecnologia TPC permite que o rádio ajuste a potência do sinal de acordo com a distância do receptor; e a tecnologia DFS, que permite a escolha automática de canal, minimizando a interferência em outros sistemas operando na mesma banda. 802.11i- Criado para aperfeiçoar as funções de segurança do protocolo 802.11, os seus estudos visam avaliar, principalmente, os seguintes protocolos de segurança: • Wired Equivalent Protocol (WEP) • Temporal Key Integrity Protocol (TKIP) • Advanced Encryption Standard (AES) • IEEE 802.1x para autenticação e segurança 802.11j- Diz respeito as bandas que operam as faixas 4.9GHz e 5GHz, disponíveis no Japão. 802.11k- Possibilita um meio de acesso para Access Points (APs) transmitir dados de gestão. O IEEE 802.11k é o principal padrão da indústria que está agora em desenvolvimento e permitirá transições transparentes do Conjunto Básico de Serviços (BSS) no ambiente WLAN. Esta norma fornece informações para a escolha do melhor ponto de acesso disponível que garanta o QoS necessário. 802.11n- Em fase final de homologação. Opera nas faixas de 2,4Ghz e 5Ghz. Promete ser o padrão wireless para distribuição de multi-média, pois oferecerá, através do MIMO (Multiple Input, Multiple Output - que significa entradas e saídas múltiplas ), taxas mais altas de transmissão (até 300 Mbps), maior eficiência na propagação do sinal (com uma área de cobertura de até 400 metros indoor) e ampla compatibilidade reversa com demais protocolos. O 802.11n atende tanto as necessidades de transmissão sem fio para o padrão HDTV, como de um ambiente altamente compartilhado, empresarial ou não. 802.11p- Utilizado para implementação veicular. 802.11r- Padroniza o hand-off rápido quando um cliente wireless se desloca de um ponto de acesso para outro na mesma rede. 802.11s- Padroniza "self-healing/self-configuring" nas Redes Mesh (malha) fdf. 802.11t- Normas que provém métodos de testes e métricas. 802.11u- Interoperabilidade com outras redes móveis. 802.11v- É o padrão de gestão de redes sem fio para a família IEEE 802.11, mas ainda está em fase inicial de propostas. O Task Group v do IEEE 802.11 (TGv), grupo encarregado de definir o padrão 802.11v, está trabalhando num aditivo ao padrão 802.11 para permitir a configuração de dispositivos clientes conectados a redes 802.11. O padrão pode incluir paradigmas de gerência similares aos utilizados em redes celulares. Canais Wireless Na norma IEEE 802.11g / b, os nós sem fios comunicam entre si utilizando sinais de rádio frequência na faixa entre 2,4 GHz e 2,5 GHz. Os canais vizinhos utilizam a frequência de 5 MHz entre si. No entanto, devido ao efeito de espectro alargado dos sinais, um nó que envie sinais usando um determinado canal irá utilizar 12.5 MHz de espectro acima e abaixo do canal central da frequência. Como resultado, duas redes sem fio usando canais vizinhos (por exemplo, o canal 1 e o canal 2), podem acabar por interferir uns com os outros. Aplicando dois canais que permitem a separação máxima do canal, estes irão reduzir o montante dos channel cross-talk e proporcionar um aumento notável do desempenho em redes com mínima separação de canal. Canais------------Frequência central----------------Frequência de difusão 1 ---------------------2412 MHz -------------------2399.5 MHz - 2424.5 MHz 2 ---------------------2417 MHz -------------------2404.5 MHz - 2429.5 MHz 3 ---------------------2422 MHz -------------------2409.5 MHz - 2434.5 MHz 4 ---------------------2427 MHz -------------------2414.5 MHz - 2439.5 MHz 5 ---------------------2432 MHz -------------------2419.5 MHz - 2444.5 MHz 6 ---------------------2437 MHz -------------------2424.5 MHz - 2449.5 MHz 7 ---------------------2442 MHz -------------------2429.5 MHz - 2454.5 MHz 8 ---------------------2447 MHz -------------------2434.5 MHz - 2459.5 MHz 9 ---------------------2452 MHz -------------------2439.5 MHz - 2464.5 MHz 10 --------------------2457 MHz -------------------2444.5 MHz - 2469.5 MHz 11 --------------------2462 MHz -------------------2449.5 MHz - 2474.5 MHz 12 --------------------2467 MHz -------------------2454.5 MHz - 2479.5 MHz 13 --------------------2472 MHz -------------------2459.5 MHz - 2484.5 MHz FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrum) A camada física FHSS é uma das três camadas físicas permitidas pelo padrão 802.11. Tem as seguintes características: • Baixos custos dos equipamentos • Baixo consumo de energia • Menor tolerância a interferência de sinal • Pequena área de cobertura de cada célula • Maior número possível de células A técnica FHSS transforma a representação binária dos dados em sinais de rádio adequados para transmissão. O FHSS executa essas operações através de técnicas de introdução de chave de frequência e modulação do sinal. O FHSS "pula" de canal para canal de acordo com uma sequência que, uniformemente, distribui o sinal ao longo de toda a banda. Depois de estabelecida a sequência de hopping para um determinado Ponto de Acesso, as estações deste sincronizam automaticamente a sequência de hopping. O IEEE 802.11 estabelece uma particular sequência de hopping. Especifica 78 sequências para a América do Norte e Europa e 12 sequências para o Japão. O FHSS transmite alguns bits numa determinada frequência e depois pula para outra frequência, transmitindo mais alguns bits, e assim por diante. Tal técnica dificulta a acção de possíveis interceptores do sinal, já que esses não possuem a sequência de hopping correcta. Além disso, suponhamos que haja uma fonte de ruído numa determinada frequência fixa. Tal fonte só vai prejudicar a transmissão naquela determinada frequência. Ou seja, apenas quando o FHSS pular para aquela determinada frequência é que haverá interferência, não havendo prejuízo para os demais canais daquela sequência. Modulação FHSS O FHSS transmite os dados binários a 1 ou 2 Mbps, usando um tipo de modulação específico para cada uma das taxas de transmissão. Utiliza-se modulação GFSK (Gaussian Frequency Shift Key) de dois níveis para transmissões a 1Mbps. A ideia do GFSK é variar a frequência da portadora para representar símbolos binários diferentes. O modulador transmite o dado binário alterando ligeiramente a frequência abaixo ou acima da frequência da portadora, para cada salto da sequência de hopping. Ou seja: • Frequência de transmissão = Fc + fd, para enviar o nível lógico 1 • Frequência de transmissão = Fc - fd, para enviar o nível lógico 0 Para a taxa de transmissão de 2Mbps, o FHSS utiliza o GFSK de quatro níveis. As estações que utilizam a taxa de 2Mbps também têm que ser aptas a operar na taxa de 1Mbps. Na operação a 2Mbps, a entrada do modulador é uma combinação de 2 bits (00, 01, 10 ou 11). Cada símbolo de 2 bits é enviado a 1Mbps, ou seja, cada bit individualmente é enviado a 2Mbps. Portanto, a modulação GFSK de quatro níveis dobra a taxa de transmissão enquanto mantém a mesma velocidade de modulação dos símbolos. A técnica de modulação é similar ao GFSK de dois níveis, existindo porém mais duas possíveis frequências de transmissão. O padrão IEEE 802.11 estabelece, para o FHSS, 100mW como potência máxima de transmissão. MMDS (Multipoint Multichannel Distribution System) No MMDS, os sinais são distribuídos aos assinantes através de microondas terrestres, de forma semelhante aos canais da TV aberta. Os sinais do MMDS cobrem uma área com um raio até 50 km, levando a programação tanto às áreas urbanas quanto às periféricas. Permite também a transmissão de programação local, pois o headend está situado no local da prestação do serviço. A sua capacidade é de 31 canais analógicos ou cerca de 180 canais digitais. Uma das suas principais vantagens é a portabilidade proporcionada pelo sinal de microondas, que permite a recepção do sinal em qualquer ponto da área de cobertura, em geral toda a cidade. Desta forma, um assinante que mude de endereço não terá dificuldade em transferir o serviço para o novo endereço. O headend de MMDS funciona de forma semelhante a um emissor de televisão. Recebe, codifica e transmite os sinais dos programadores aos receptores através de microondas terrestres. Para compensar a perda de intensidade do sinal com a distância percorrida e com obstáculos, como prédios ou acidentes geográficos, são instalados amplificadores e beam benders, equipamentos que reflectem o sinal e tornam possível a sua captação pelas antenas. A capacidade de canais do MMDS é menor que a do cabo porque o sistema dispõe de uma faixa mais estreita do espectro de radiofrequências. Essa capacidade pode ser aumentada, entretanto, com a digitalização dos sinais. Por outro lado, a instalação de um novo sistema de MMDS numa cidade, tem um custo menor que o sistema de cabo, uma vez que não há o custo da cablagem e as antenas e/ou receptores são colocados nas residências apenas à medida que surgem novos assinantes. LMDS (Local Multipoint Distribution System) A tecnologia LMDS foi desenvolvida a partir de 1986, usando como meio de transmissão rádios microondas em configuração ponto multiponto formando células para optimizar a cobertura de uma localidade. Inicialmente, a tecnologia LMDS oferecia serviços de TV por assinatura, a partir da transmissão analógica de sinais de televisão. Hoje, com o desenvolvimento das tecnologias de transmissão digital, o LMDS tornou-se uma excelente alternativa para acesso a serviços da banda larga. Os sistemas baseados na tecnologia LMDS disponíveis no mercado actualmente fornecem, entre outras, as interfaces Ethernet a 10 Mbit/s, E1 full e fraccionado, ATM a 25 Mbit/s e Frame Relay. Com o desenvolvimento da tecnologia, interfaces de maior velocidade poderão ser disponibilizadas, tais como E3, T3 e Fast Ethernet a 100 Mbit/s. A partir dessas interfaces podem ser fornecidos serviços de interligação de redes corporativas (VPN), de acesso à internet em banda larga (incluindo aplicações VoIP, Vídeo Conferência e Video On Demand), e outros serviços de banda larga. As faixas de frequência utilizadas pelo LMDS estão entre 25 e 30 GHz, sendo também utilizada a faixa de 38 GHz. DTH (Direct to Home) O DTH é um sistema de TV paga no qual o assinante instala em casa uma antena parabólica e um receptor/descodificador, chamado IRD (Integrated Receiver/Decoder), e recebe os canais directamente de um satélite geoestacionário. Entre as suas vantagens, está a cobertura nacional ou mesmo continental, com mais de 180 canais digitais, e a rápida implantação. Contrariamente às tecnologias de cabo e MMDS, o DTH não viabiliza a inserção de programas de conteúdo local, pois a programação é a mesma para todos os assinantes, em toda a área de cobertura. O headend de um sistema de DTH é chamado de uplink center porque é de lá que os sinais recebidos pela operadora sobem para o satélite (uplink). O custo inicial do sistema é elevado, pois envolve o aluguer de espaço em satélites e montagem de uma rede nacional de distribuição e de venda. A maioria dos assinantes usa o sistema de banda KU, com antena parabólica bem menor, que pode ser instalada com facilidade mesmo dentro das residências. Serviços de acesso à Internet via satélite já existem, mas sempre com o canal de retorno por telefone. Serviços de acesso bidireccional via satélite ainda estão em teste. Interferências As redes 802.11b operam na frequência de 2.4Ghz, que é usada por uma série de aparelhos. Os mais comuns são os fornos de microondas. Há também telefones sem fios que trabalham nessa mesma frequência. Portanto, dependendo da localização de aparelhos como esses em casa ou no escritório, eles podem acabar baixando a potência da rede e eventualmente até derrubar o sinal. Uma vantagem de quem usa as redes 802.11a é que a frequência de 5GHz não é tão disputada quanto a de 2.4GHz e tem mais canais de rádio, isso evita a interferência causada por microondas ou telefones sem fio. Quanto mais barreiras houver no caminho em que o sinal da rede passa, mais interferências existem. Reservatórios de água, metal, vidro e paredes de cimento são alguns exemplos clássicos na lista dos especialistas de Wireless. Materiais como cobre, madeiras pesadas e grandes pilhas de papel também devem ser evitados. WPA WPA (Wi-Fi Protected Access) é um protocolo de comunicação via rádio. É um protocolo WEP melhorado. Também chamado de WEP2, ou TKIP (Temporal Key Integrity Protocol), esta primeira versão do WPA (Wi-Fi Protected Access) surgiu de um esforço conjunto de membros da Wi-Fi Aliança e de membros do IEEE, empenhados em aumentar o nível de segurança das redes sem fio em 2003, combatendo algumas das vulnerabilidades do WEP. Características: • Pode-se utilizar WPA numa rede híbrida que tenha WEP instalado. • Migrar para WPA requer somente actualização de software. • WPA é desenhado para ser compatível com o próximo padrão IEEE 802.11i. Se o WPA não estiver configurado na sua rede sem fios, você fica totalmente exposto à intercepção dos seus e-mails e dos seus ficheiros privados. Permitirá que outros utilizadores usem a sua rede e a sua ligação à Internet para distribuir as suas próprias comunicações. A segurança melhorada que se obtém com o WPA aumenta o nível de protecção dos seus dados a ajuda na prevenção de invasões de vírus, de acessos não autorizados ou destruição da sua informação pessoal. WEP WEP significa Wired Equivalent Privacy, e foi introduzido na tentativa de dar segurança durante o processo de autenticação, protecção e fiabilidade na comunicação entre os dispositivos Wireless. É parte do padrão IEEE 802.11 (ratificado em Setembro de 1999), e é um protocolo que se utilizava para proteger redes sem fios do tipo Wi-Fi. O WEP foi o primeiro protocolo de segurança adoptado para redes wireless, conferia no nível do enlace uma certa segurança semelhante a segurança das redes com fio. Este protocolo, muito usado ainda hoje, utiliza o algoritmo RC4 para encriptar os pacotes que serão trocados numa rede sem fios a fim de tentar garantir confidencialidade aos dados de cada utilizador. Além disso, utiliza-se também a CRC-32 que é uma função detectora de erros que ao fazer o "checksum" de uma mensagem enviada gera um ICV (Integrity Check Value) que deve ser conferido pelo receptor da mensagem, no intuito de verificar se a mensagem recebida foi corrompida e/ou alterada no meio do caminho. No entanto, após vários estudos e testes realizados com este protocolo, encontraram-se algumas vulnerabilidades e falhas que fizeram com que o WEP perdesse quase toda a sua credibilidade. No WEP, os dois parâmetros que servem de entrada para o algoritmo RC4 são a chave secreta k de 40 bits ou 104 bits e um vector de inicialização de 24 bits. A partir desses dois parâmetros, o algoritmo gera uma sequência encriptada RC4 (k,v). No entanto, como no WEP a chave secreta é a mesma utilizada por todos os utilizadores duma mesma rede, devemos ter um vector de inicialização diferente para cada pacote a fim de evitar a repetição de uma mesma sequência RC4. Essa repetição, é extremamente indesejável pois dá margem a ataques bem sucedidos e consequente descoberta de pacotes por eventuais intrusos. Além disso, há a necessidade de fazer a troca das chaves secretas periodicamente aumentando-se com isso a segurança da rede. Porém, essa troca quando é feita, é realizada manualmente de maneira pouco prática e por vezes inviável, quando se trata de redes com um número muito alto de utilizadores. E ainda uma falha do WEP constatada e provada através de ataques bem sucedidos é a natureza da sua função detectora de erros. A CRC-32 é uma função linear que não possui chave. O que torna o protocolo susceptível a ataques prejudiciais e indesejáveis. Melhorias do WPA em relação ao WEP Com a substituição do WEP pelo WPA, temos como vantagem melhorar a criptografia dos dados ao utilizar um protocolo de chave temporária (TKIP) que possibilita a criação de chaves por pacotes, além de possuir função detectora de erros chamada Michael, um vector de inicialização de 48 bits, ao invés de 24 como no WEP e um mecanismo de distribuição de chaves. Além disso, uma outra vantagem é a melhoria no processo de autenticação de utilizadores. Essa autenticação serve-se do 802.11x e do EAP (Extensible Authentication Protocol), que através de um servidor de autenticação central faz a autenticação de cada utilizador antes deste ter acesso. O WPA, conta com tecnologia aprimorada de criptografia e de autenticação de utilizador. Cada um destes, tem uma senha exclusiva, que deve ser digitada no momento da activação do WPA. No decorrer da sessão, a chave de criptografia será trocada periodicamente e de forma automática. Assim, torna-se infinitamente mais difícil que alguém não autorizado consiga conectar-se à WLAN. A chave de criptografia dinâmica é uma das principais diferenças do WPA em relação ao WEP, que utiliza a mesma chave repetidamente. Esta característica do WPA também é conveniente porque não exige que se digite manualmente as chaves de criptografia - ao contrário do WEP. dBm Um dBm é uma unidade padrão de medição dos níveis de potência em relação a uma referência 1 milliwatt sinal. dBm é semelhante à dB, ou decibéis, excepto quando dB que é relativo à potência do sinal de entrada, sempre dBm diz respeito a um 1 milliwatt sinal. Noutras palavras, é uma medida relativa dB e dBm é uma medição absoluta. Um sinal de menos antes do dBm indica uma perda, e um sinal de mais ou qualquer sinal em todos perante a dBm indica um ganho. O dBm valor de um sinal pode ser expresso utilizando o seguinte algoritmo: db = log 10 Signal Power / .001 watt dBi A medida mais comum para expressar o ganho de uma antena na frequência acima de 1Ghz, como no nosso caso de 2.4 e 5.8Ghz é dBi (dB isotrópico). Muitas vezes o "i" é esquecido ou desconsiderado, porém é importante. Uma antena de 15 dB ou de 15 dBi seria completamente diferente. Webgrafia http://en.wikipedia.org/wiki/DBm http://www.linuxmall.com.br/index.php?product_id=3006 http://documentation.netgear.com/reference/fra/wireless/WirelessNetworkingBasics-3-05.html http://www.tech-faq.com/lang/pt/ssid.shtml&usg=ALkJrhhKlEe8WJD4A-D2QKCovMcHJfk11g http://mvmr.wordpress.com/2007/06/08/redes-wireless-wep-wpa-wpa2-qual-a-melhor-solucao-de-seguranca/ http://www.gta.ufrj.br/~rezende/cursos/eel879/trabalhos/80211/FHSS.htm http://www.abta.com.br/site/content/panorama/tecnologia.php http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutoriallmds/pagina_1.asp

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Velocímetro da net

Façam o teste, é gratuito e interessante... basta carregar no título do post.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

10Base2 e 10Base5

Cabos coaxiais

O cabo coaxial é um tipo de cabo condutor usado para transmitir sinais, consiste em diversas camadas concêntricas (daí a designação de coaxial) de condutores e isolantes: um núcleo de cobre relativamente espesso, envolto por um isolador, o qual, por sua vez, é rodeado por uma rede ou malha metálica, e, por fim, tudo isto é contido dentro de um invólucro externo em plástico ou PVC. Trata-se de cabos do mesmo tipo dos que são usados em aparelhos de televisão (para ligação à antena) ou em aparelhos de vídeo. Existem dois formatos principais de cabos coaxiais:

  • Thin Ethernet (também designada por thinnet ou 10base2) – Trata-se de um cabo coaxial fino, com uma capacidade de transmissão de cerca de 10 Mbps, com uma extensão máxima de segmentos de rede de cerca de 185 metros; com este tipo de cabo as ligações às placas de rede dos computadores são feitas através de conectores BNC;
  • Thick Ethernet (também designado por thicknet ou 10base5) – Trata-se de um cabo coaxial grosso, com uma taxa de transmissão semelhante ao anterior, mas com uma extensão máxima de segmento de rede de cerca de 500 metros; com este tipo de cabo as ligações às placas dos computadores não são feitas directamente, mas através de dispositivos específicos, chamados transceivers (transmiter + receiver).Os cabos coaxiais têm boas características de transmissão, nomeadamente, grande resistência a interferências, taxas de transmissão razoáveis e alguma flexibilidade em termos de conexões; por isso foram, durante algum tempo, bastante utilizados em redes locais.

O cabo coaxial é constituído por um fio de cobre condutor revestido por um material isolante e rodeado duma blindagem. Este meio permite transmissões até frequências muito elevadas e isto para longas distâncias.

Usos

A principal razão da sua utilização deve-se ao facto de poder reduzir os efeitos e sinais externos sobre os sinais a transmitir, através de fenómenos de IEM (Interferência Electromagnética).

Os cabos coaxiais geralmente são usados em múltiplas aplicações desde áudio até às linhas de transmissão de frequências da ordem dos giga hertz. A velocidade de transmissão é bastante elevada devido a tolerância aos ruídos graças à malha de protecção desses cabos.

Os cabos coaxiais são utilizados nas topologias físicas em barramento.

Os cabos coaxiais são usados em diferentes aplicações:

  • Ligações de áudio
  • Ligações de rede de computadores
  • Ligações de sinais rádio frequência de rádio e TV

Características e funcionamento

A malha metálica condutora é constituída por muitos condutores:

  • A malha é circular e metálica para criar uma gaiola de Faraday, isolando deste modo o condutor interior de interferências, o inverso também é verdadeiro, ou seja, frequências e dados que circulam pelo condutor não conseguem atingir o exterior pelo isolamento da malha e deste modo não interferindo noutros equipamentos.
  • A blindagem electromagnética é feita pela malha exterior.
  • Quando as frequências em jogo são elevadas, como é o caso de transmissões de uma rede de computadores, a condução passa a ser superficial. Para aumentar a superfície de condução, a malha condutora é constituída por múltiplos condutores de secção reduzida e a área da superfície de condução é o somatório da superfície de cada um desses pequenos condutores. Diminui-se assim a resistência da malha condutora.

O cabo coaxial é dividido em dois tipos: cabo coaxial fino (thinnet) ou cabo coaxial 10Base2, e cabo coaxial grosso (thicknet) ou cabo coaxial 10Base5.

Utilização:

  • A velocidade máxima de transmissão é de 10 Mbps.
  • Foi utilizado até meados dos anos 90.
  • Ainda é usado em telecomunicações - [Circuito E1].

Vantagens:
  • O cabo coaxial possui vantagens em relação aos outros condutores utilizados tradicionalmente em linhas de transmissão por causa de sua blindagem adicional, que o protege contra o fenómeno da indução, causado por interferências eléctricas ou magnéticas externas. Essa blindagem é constituída por uma malha metálica (condutor externo) que envolve um condutor interno isolado.
  • Fácil instalação.
  • Baixo custo quando instalado em barramento único sem uso de hub.

Desvantagens:

  • Limites rígidos de comprimento
  • Até 30 nós num segmento de tamanho máximo
  • Detecção de falhas dificultada, principalmente em ambientes que não tenham hub coaxial

Cuidados na instalação:

  • É necessário verificar a qualidade dos elementos que constituem a cablagem: cabos, conectores e terminações. Estes devem ser de boa qualidade para evitar folgas nos encaixes, o que poderia causar mau funcionamento da rede.
  • Os cabos não podem ser puxados, torcidos, amassados ou dobrados em excesso pois isso pode alterar as suas características físicas.

Conectores

O tipo mais comum de conector usado por cabos coaxiais é o BNC (Bayone-Neill-Concelman). Diferentes tipos de adaptadores estão disponíveis para conectores BNC incluindo conectores T, conectores barril e terminadores. Os conectores são os pontos mais fracos em qualquer rede.

10BASE2

10BASE2 (conhecido como thinnet) é um padrão de rede Ethernet que utiliza cabo coaxial fino, daí ser denominado por thinnet. O cabo transmite sinais a 10 Mbps e a uma distância máxima de 185 metros, por segmento.

A rede que utiliza este tipo de cabo, possui uma topologia linear, com um máximo de 30 computadores conectados ao segmento e com espaçamento mínimo de 0,5 metro, para conectar os computadores é utilizado um conector BNC do tipo T, um cabo coaxial denominado RG-58 cuja impedância é de 50 ohms e dois terminais resistivos de 50 ohms, colocados nas extremidades do cabo, com o intuito de evitar que o cabo capte algum ruído. Por ter uma topologia linear, a montagem e manutenção desse tipo de rede requer cuidados especiais, já que um problema no cabo (geralmente mau contacto) faz com que a rede toda deixe de funcionar, e esses problemas são de difícil diagnóstico.

A sintaxe 10BASE2 é decomposta num primeiro número, no caso 10 é a velocidade de transmissão em megabits por segundo (10 Mbps); o segundo termo que, no caso é o BASE, significa que a transmissão é em banda base (baseband), ou seja a onda portadora do sinal não tem modulação; e o último número é a distância máxima, 2 significa que a distância máxima é de 200 metros, sendo, na verdade, uma aproximação, já que a distância verdadeira é de 185 metros.

Usando cabos coaxiais não é necessário utilizar um hub, mas em compensação a velocidade da rede fica limitada a apenas 10 megabits.

Actualmente os cabos coaxiais são cada vez menos usados, já que além de menos susceptíveis a problemas, os cabos de par trançado categoria 5 suportam transmissão de dados a 100 megabits, ou até mesmo 1 gigabit, caso sejam utilizadas placas de rede Gigabit Ethernet.

10BASE5

O cabo coaxial 10Base5 ou “Thicknet” é pouco utilizado. Analogamente ao 10Base2, 10Base5 significa 10 Mbps de taxa de transferência e que cada segmento da rede pode ter até 500 metros de comprimento. É conectado à placa de rede através de um transceiver.

É também conhecido como cabo coaxial grosso, e é utilizado em redes de telecomunicação.

Este cabo é utilizado para transmissão analógica. Possui uma blindagem geralmente de cor amarela. A especificação 10BASE5 refere-se à transmissão de sinais Ethernet utilizando este tipo de cabo. O 5 informa o tamanho máximo aproximado do cabo como sendo de 500 metros.

Este cabo tem uma cobertura plástica protectora extra que ajuda manter a humidade longe do centro condutor. Isso torna o cabo coaxial grosso uma boa escolha quando se utiliza grandes comprimentos numa rede de barramento linear. Durante a instalação, o cabo não necessita ser cortado pois o conector (vampire tap) perfura-o. Tem uma impedância de 75 Ohms e o seu diâmetro externo é de aproximadamente 0,4 polegadas ou 9,8 mm.

Características:

  • Suporta uma velocidade de 10Mbps para transmissão de dados.
  • Possui um alcance de 500 metros por segmento (isto é, sem a adopção de repetidores).
  • Tem capacidade para conectar 100 estações por segmento.
  • Pode utilizar até no máximo 4 repetidores.
  • Para conectar cabos coaxiais grossos o conector usado é o "Conector Tipo N".
  • Especificação RG-213 A/U.
  • Distância mínima de 2,5 m entre cada nó da rede.
  • Utilizado com transceiver.

Existem dois tipos de cabos 10Base5:

  • Cabo duplo - possuem dois cabos idênticos paralelos. Para transmitir dados, um computador emite os dados pelo cabo 1, que está conectado a um dispositivo chamado head-end na raiz da árvore de cabos. Em seguida, o head-end transfere o sinal para o cabo 2, que refaz o caminho da árvore a fim de realizar a transmissão. Em resumo, todos os computadores transmitem no cabo 1 e recebem no cabo 2.
  • Cabo único - aloca diferentes faixas de frequência para a comunicação de entrada e saída num único cabo. A banda de baixa frequência é usada para comunicação dos computadores com o head-end que em seguida desloca o sinal para a banda de alta-frequência e o retransmite.

10Base2 x 10 Base5:

10Base2

10Base5

É maleável

Comprimento maior que o coaxial fino.

Sofre menos reflexões do que o cabo coaxial grosso, possuindo maior imunidade a ruídos electromagnéticos de baixa frequência

É muito utilizado para transmissão de imagens e voz.

Fácil de instalar

Difícil instalação

Webgrafia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/10BASE2

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_coaxial

http://pt.wikipedia.org/wiki/10BASE5